Bateria inovadora, de lítio-metal-polímero, aumenta autonomia deste carrinho urbano.

O Bolloré BlueCar, seria apenas mais um carro elétrico, como outros que a Europa está acostumada a ver ou mesmo igual ao Gurgel Itaipu, o único carro elétrico brasileiro de que se tem notícia, não fosse por um detalhe crucial: a empresa que o construiu alega que ele é o primeiro elétrico viável. E o segredo deste carrinho, como não poderia deixar de ser, está em suas baterias.

Chamada de lítio-metal-polímero, essa bateria não tem líquidos, mas películas de polímeros (uma espécie de plástico) atuando como meio entre os elementos que geram eletricidade na bateria, o anodo e o catodo.

Toda essa explicação técnica serve apenas para dizer em que essa bateria é superior às outras: peso e volume. Com a nova tecnologia, a BatScap, criadora do sistema, afirma que uma bateria pode ser de 4 a 5 vezes mais leve e de 2 a 3 vezes menos volumosa que outra bateria de capacidade semelhante, mas que utilize chumbo, por exemplo.

O BlueCar tem espaço para cinco passageiros, mas a disposição é, como ele, bem pouco convencional: há três lugares na frente e dois atrás, voltados especialmente a crianças, já que o piso traseiro tem um ressalto onde as baterias estão instaladas.

O peso ainda é um problema no novo carro. Com meros 3,30 m, apesar de largo (1,72 m, sem contar retrovisores), ele tem 1.100 kg, peso de carros muito maiores que ele, como o Ford Fiesta Sedan, que tem 4,20 m.

Em compensação, ele tem autonomia média de 250 km, semelhante à de motocicletas, com a vantagem de o abastecimento poder ser feito na tomada de casa ou do escritório, com tempo de recarga completa de apenas 4 horas. Em prédios, como um de nossos leitores bem lembrou, o assunto deve ser tema de reuniões de condomínio...

Apesar de pesado, o BlueCar acelera até os 60 km/h em 6,3 s, um número excelente, considerando que esportivos levam 5 s para chegar aos 100 km/h. Isso se explica pelo torque excepcional do carrinho, mais de 17 kgm. A velocidade máxima é limitada a 125 km/h, mais do que suficiente para trafegar por estradas, por exemplo.]

A produção em série deste automóvel dependerá de investidores interessados em investir nele, mas, considerando que o carro agradou, no salão suíço, e que carros elétricos não são exatamente novidade na Europa, pode ser questão de tempo. No Brasil, possivelmente de muito tempo.





Fonte da notícia e fotos: WebMotors